A abordagem humanística
da administração, surge em 1927 com o experimento de Hawthorn que durou até
1932, com ênfase no período após 1929, quando ocorreu a Grande Depressão da
bolsa de Nova Yorque, por criar novas perspectivas para a administração,
analisando o trabalho, a adaptação do trabalhador ao trabalho e do trabalho ao
trabalhador, através de características de personalidade, concomitantes aos
cargos, motivação e liderança.
Ao contrário da Teoria
Clássica, que tem como primeiro passo administrativo, a estrutura
organizacional, e da Teoria Científica, que tem como primeiro passo
administrativo, o método científico, a Teoria das Relações Humanas, tem como
primeiro passo administrativo, a ênfase nas pessoas que trabalham nas
organizações. Através do desenvolvimento das ciências humanas e sociais,
principalmente Sociologia, Antropologia, Psicologia e Psicologia do Trabalho, a
abordagem humanística propõe a mudança de foco do homo economicus para o homo
social.
A experiência de
Hawthorn, realizada por Elton Mayo, médico e sociólogo australiano, em
Chicago-EUA, consistiu em observar a relação entre variáveis e o aumento de
produção. A primeira variável foi a iluminação do ambiente de trabalho como
aspecto fisiológico, depois foram atribuídos aspectos psicológicos na
determinação de variáveis de estudo.
A conclusão da
experiência traz condições relevantes para uma organização de trabalho formada
por pessoas, como a ênfase nas emoções e relações humanas, bem como a
importância do conteúdo que cada cargo propõe, influindo para organizações de
grupos informais dentro da empresa formal, que criam um sistema de recompensas
e sanções sociais, que interfere na competência social do trabalhador, e
consequentemente no seu nível de produção. Logo após o término da experiência
formou-se a Escola de Relações Humanas, através desses princípios básicos, com as
descobertas referentes às necessidades fisiológicas, psicológicas, de segurança,
participação, afeição, autoconfiança e auto-realização.
As principais críticas
feitas à abordagem humanística, são que ela se apegou excessivamente aos grupos
informais como fatores determinantes do comportamento produtivo individual, de
que a pessoa bem integrada às regras de um grupo informal, é absolutamente
feliz e rentável para a organização – tratando as relações humanas como estratégia
de lucro empresarial –, e por ter conclusões parciais, através de abordagem de
fenômenos superficiais, sem conhecer claramente as relações industriais.
A mecanização das
organizações criou uma atividade motorizada, em que cada trabalhador é uma
“peça” do motor, de acordo com o que mais lhe é hábil, e também fazendo
reparações para que seja reforçada a funcionalidade de cada cargo específico. A
Teoria das Relações Humanas traz a visão de que cada trabalhador tem sua
subjetividade, e que a operacionalidade da organização depende primeiro de como
os humanos, ali, se organizam. O enfoque excessivo das teorias clássica,
científica e humanística em seus primeiros passos administrativos, dá mesmo
margem a muitas críticas, mas a abordagem humanística se aproxima do que se
trata de trabalho em equipe, em que o individual é exposto aos fracassos e
conquistas, enquanto que uma abordagem mecanicista coloca o individual, a todo
custo, intacto a perigos, para que o efeito de cada atitude reflita tranquilamente
para os objetivos pré-determinados. Empresas que adotam a abordagem humanística
adquirem um caráter mais maleável diante de imprevistos – o que é uma grande
dificuldade para as organizações mecanicistas – justamente por não tentar
esconder, e sim, admitir e até contar, com as instabilidades da mente humana, e
das relações humanas.
Abordagem
Humanística In. WebGestão, disponível em http://webgestao.jimdo.com/teorias-da-administra%C3%A7%C3%A3o/abordagem-human%C3%ADstica/,
acessado em 2013.
Abordagem
Humanística da Administração In. Tribos Jovens,
disponível em http://www.tribosjovens.com.br/modules.php?name=Forums&file=viewtopic&t=402,
acessado em 2013.
A
Teoria das Relações Humanas
In. Portal do Marketing, disponível em http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos_Administracao/Teoria_das_Relacoes_Humanas.htm,
acessado em 2013.
Teoria
das relações humanas – humanizando a empresa In. Sobre
Administração, disponível em http://www.sobreadministracao.com/teoria-das-relacoes-humanas-humanizando-a-empresa/,
acessado em 2013.
Ana Maria
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